É sempre a mesma obra. Você constrói um monumento de sentimentos, adorna com olhares, envolve-o com a maciez da pele, salpica nele o cheiro que o transforma em um jardim de lembranças. Apaixona-se pelo que consegue envolver com os braços e acariciar com o pensamento.
Com a cabeça no ar, se esquece de que tudo o que consegue sentir é mais frágil do que um moinho de vento. E num assopro vê seu paraíso desmoronar sobre a cabeça.
É preciso engolir todos os tijolos. Sentir o peso de cada um deles. O mais pesado esmaga o que resta de um coração. A vida digere os cacos, entulha as lágrimas. E todos os dias se respira a ruína do monumento que imaginou eterno.
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